
Conheça as formas de pagamento mais usadas pelos brasileiros

As formas de pagamento do brasileiro, serviços e contas vem mudando. Com menos de dois anos de existência, o PIX já se tornou o segundo meio de pagamento preferido dos brasileiros.
O PIX perde apenas para o pagamento em espécie, posição essa que tende a mudar num futuro breve, tendo em vista que desde o lançamento do serviço em 2020, mais de 40 bilhões de reais em dinheiro deixaram de circular no país.
Atualmente, o pagamento em dinheiro corresponde a 71%, seguido pelo PIX, 70%, cartão de débito, 66% e, por fim, o cartão de crédito, com 57% das transações nacionais, segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Há fatores que justificam o uso do dinheiro físico ainda ser o preferido entre os brasileiros. Ainda segundo a CNDL, o uso do dinheiro em espécie permite negociar descontos, proporcionar praticidade e agilidade, haja vista a facilidade do aceite nos mais diferenciados estabelecimentos e, por fim, o maior controle de gastos para que as contas não saiam de controle.
O rápido crescimento do uso do PIX se dá devido ao grande número de smartphones no Brasil. O país ocupa o quinto lugar no ranking mundial em números de smartphones, com 234 milhões de aparelhos em uso. Ou seja, há mais aparelhos em uso do que habitantes. Atualmente o país conta com 211 milhões de brasileiros.
Para os brasileiros, o uso do PIX é justificado pela rapidez e praticidade que a ferramenta oferece. Além disso, o uso foi impulsionado pela pandemia de Covid-19, que obrigou os pagamentos à distância e sem contato, que se iniciou justamente em 2020, ano de lançamento do serviço. Além disso, o método de pagamento via PIX é considerada a mais segura para 66% dos brasileiros, comparada às outras formas.
Para os brasileiros, a vantagem do PIX não para por aí. Para 62% deles, a compensação do dinheiro na hora é o ponto mais vantajoso deste tipo de transação. A gratuidade nas tarifas foi citada por 42% dos usuários, enquanto 19% lembraram da vantagem de não precisar levar dinheiro em espécie na carteira.
Há uma diferença quando o assunto é o pagamento em lojas físicas. Neste quesito, o cartão de débito lidera as transações, com 32%, seguido pelo cartão de crédito, com 30% e o pagamento em espécie vem em terceiro lugar, ocupando 25% das operações.
A vantagem do cartão de débito sobre o PIX em estabelecimentos físicos se deve ao fato do serviço ter sido lançado há menos de dois anos, o que leva a crer que estamos passando por um período de adaptação do varejo para aceitar essa nova forma de pagamento. Mesmo assim, 9 em 10 dez pequenos negócios já disponibilizaram o serviço, segundo dados do SEBRAE.
Para compras online, o cartão de crédito é a primeira opção para 52% dos brasileiros. Na internet, o pagamento a prazo lidera a preferência, com 53%. Enquanto isso, nas lojas físicas, o pagamento à vista vem em primeiro lugar, com 66%.
Dados do Banco Central apontam que as transações feitas com cartões de débito cresceram 42,5% entre 2019 e 2021. Em números exatos, foram 2.472.360 a mais de operações com esta forma de pagamento.
O uso do cartão de crédito pelos brasileiros também aumentou 58,8%, chegando a 3.338.644 transações a mais do que registrado em anos anteriores. Tais números trazem um dado preocupante: mais de 77% das famílias brasileiras fecharam o mês com dívidas no cartão de crédito, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O principal fator para este endividamento está na alta constante da inflação. Com preços mais altos, as famílias necessitam de mais dinheiro para conseguir manter necessidades básicas como alimentação, por exemplo.
O pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia de Covid-19, contribuiu para o aumento de pagamentos via cartões, o que revela a importância do setor para o público brasileiro, mesmo com a criação de meios de pagamentos digitais.
Mas e as operações como TED, DOC e boletos?
Engana-se quem acha que essas formas de pagamento irão sumir do mapa. Pagamentos via boleto bancário ainda chegam a mais de 3 bilhões de transações anuais, segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN). O número parece assustador, no entanto, ela corresponde a uma fatia de apenas 25% das transações realizadas.
O pagamento em boleto também é apontado como uma opção mais segura comparada à pagamentos em espécie, já que a perda ou roubo do mesmo não significa um risco, o que justifica o número de transações ainda ser alto mesmo após o lançamento do PIX. E com mais de 30 anos de existência, esse método de pagamento ainda deve perdurar por muito tempo.
Antes de falarmos do DOC (Documento de Ordem de Crédito) e TED (Transferência Eletrônica Disponível), é preciso relembrar a diferença entre eles: ambos são utilizados para pagamentos. No DOC, só é permitido transações até R $4.999,99 e é compensado apenas no próximo dia útil. Já no TED não há valor máximo para transferência, além de ser a opção mais indicada para quem precisa do dinheiro rápido, pois se feito até às 17h em dia útil, o valor é creditado no mesmo dia.
Tanto o TED quanto o DOC podem ter valor mínimo para transferência definido por cada banco. Ambos contam com tarifas de transação, também definidas pelas entidades. Para ambas as operações, o remetente precisa do nome completo do beneficiário, CPF ou CNPJ, dados da conta (banco, agência e número) e o tipo dela (conta corrente ou poupança).
Tanto o TED quanto o DOC podem ser cancelados em apenas um caso: quando há erro entre os dados do banco, agência, conta e CPF/CNPJ. Neste caso o valor é devolvido no mesmo dia.
Assim como no PIX, o TED e o DOC não podem ser desfeitos quando o erro for no valor da transferência, sobrando apenas a opção de entrar em contato com o recebedor, a fim de devolver valores excedentes.
As altas taxas de transferência, a burocracia e a demora na compensação do dinheiro, está fazendo o TED e o DOC cair em desuso, tornando a ferramenta facilmente substituída pelo PIX.
No entanto, segundo o Banco Central, tanto o TED como o DOC não deixarão de existir tão cedo. Ainda segundo a instituição, não existe forma de pagamento mais ou menos efetiva e nenhuma delas compete entre si. Apenas aquela que se adequa melhor ao tipo de transação que o consumidor deseja fazer. A compra de um carro dificilmente será paga como se pagaria uma compra de supermercado. E é aí que entra a vantagem da diversidade nos métodos de pagamento.
Precisa de uma ajudinha na contabilidade do seu negócio? A ContÁgil está aqui para deixar tudo mais fácil para você e sua empresa. Conheça-nos!
Você poderá gostar também:


Minha Empresa precisa de Certificado Digital?
